domingo, 12 de fevereiro de 2017

Crônica do Crônico em Amor

Eu posso parecer um tolo, acreditando em tanto amor envolvido. Mas também posso ser a única pessoa que pensa em amor na face da Terra. Então, parei para pensar e mudar um pouco a perspectiva e ponto de vista, da maneira que encaro as coisas com pensamentos figurados pelo contra. Pois bem, lá vem o fato.
Ontem fiquei três horas falando e falando e sempre tinha assunto. Sabe aqueles momentos em que seu santo bate com o de outra pessoa, e você simplesmente deixa se levar pelas coisas? Por que não se permitir? Então me pergunto. E eu me permiti a saber mais sobre ele. A saber mais sobre mim, depois de tantos assuntos que pensei nunca conversar com pessoas normais. E acho que ele não é normal.
Sem fingimentos, uma realidade. Uma daquelas de filme de cinema. Poderia lhe mensurar como um cavaleiro solitário e digno da vida, com todo seu brilho e sua pomposidade. Poderia mensurar sua capacidade de comunicação, seu sol em gêmeos e ascendente em capricórnio. Seu contra gosto por pessoas de touro em escorpião, e sua tendência tão bonita de colocar a mão sobre o queixo, em formato de punho, como um grande filósofo grego. Mas isso não é amor, então não devo mensurar. E se for amor? Acho que sou crônico da doença de amar. Seria minha lua em peixes?
O lugar acabou fechando, a rua foi terminando, mas a conversa não acabava. E ficar intimidado por sua presença não me incomodava. Muito pelo contrário, testava meus limites para saber quem era aquele ser humano que eu habitava pelos meus 23 anos de vida. Estar perdido não é estar sem orientação. E você não se perdeu nas ruas da minha vida. Você é um pouco de luz nestes dias escuros de decepção.
Se você estiver lendo, sim. Eu sou este garoto bipolar de suas análises, sou toda esta incompreensão e tantas vezes sou fraqueza. E sua opinião sobre a cultura da ostentação é uma beleza! Irei ler as sugestões de sociologia, para tentar desacreditar desta sociedade, passar a acreditar um pouco mais neste mundo que me enquadro, de um bissexual que nunca foi ativista ou politizado. Nunca assumi esta causa como minha de fato. Sou este homem barbado que ainda dorme abraçado com os travesseiros, que come doce de leite direto do pote e que chora assistindo filmes como “Marley e eu”, “A Culpa é das Estrelas”, “O Grande Gatsby”.
Se é errado amar? Então continuarei errando. Amar não causa dano. Quem sabe tenha outra doença crônica e intratável: sou um crônico de amor por completo. Diagnóstico: um idiota que adora se iludir pelas palavras, sorrisos e olhares alheios. Sim, sou culpado. E você? Já deu amor e não julgamento hoje? De resto? Não lhe convém saber, esta crônica é sobre o amor e não sobre mim.

Dia 12 de Fevereiro de 2017, Vinicius Osterer.

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