domingo, 30 de julho de 2017

Planetas e Satélites

Quem é você? Veio de que planeta?
Pronto. Acordei. Abri meus olhos e me deparei com a brevidade das coisas. Uma hora você é o filho, depois passa a ser o pai, com os anos o avô... Com o tempo uma lembrança. E acaba sendo a ideia daquilo que sempre quis ser e não conseguiu, das coisas que queria fazer mas nunca tentou, dos punhados de palavras e sentimentos que guardou na memória.
E o tempo. O que é o tempo?
E a vida? Não é tão breve?
Queria guardar tantas pessoas em sorrisos!
Pronto. Acordei. Abri meus olhos e me deparei com um homem mais velho. O filho do Ari, o irmão da Vandressa, o tio da Maria, o arquiteto especialista, o futuro alguma coisa qualquer... Não é tão breve?
Quem sou eu? Vim de que planeta?
Me escondi dentro de tantas linhas mortas, rimas pobres. Cruzei tantos oceanos de incertezas. Fingi tantos sorrisos solitários. Amei quilômetros em linha reta, só de ida. E o que eu fiz com a minha vida? Talvez não sejam as estrelas da noite que me façam parar para pensar, mas os planetas e os satélites, essa coisa toda que eu coloco com tantos "emojis" e tanta cor que causa nojo.
Não é tão breve?
Apontando meu telescópio para os planetas e os satélites, cansei de tantas constelações. Achando a vida que existe aqui dentro do peito. Não sou nada por um momento, mas o tempo já me fez ser tanta coisa! 
           Um dia a menos de vida não! Um dia a mais para fazer o que é verdadeiro. O universo não possui um punhado de verdades universais? Não quero ser o homem de cabelo vermelho, quero ser o homem dos espaços siderais! Amar mais... 
               Afinal, vim de que planeta?

Dia 30 de Julho de 2017, Vicenzo Vitchella.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Pelos Chifres

Eu o encarrei, cara a cara, como um homem contra um touro, e o segurei pelos chifres enquanto ele bufava e arfava um hálito imundo cheio de soberba. Ele tinha os olhos daqueles que me feriram, que cuspiram no chão em que pisei. Ele sorria como nas tantas vezes em que os sorrisos eram de mim e não comigo. Não me debrucei sobre o chão, como notavelmente estava acostumado, nem sequer dobrei os joelhos contra toda a força que me empurrava para baixo. Será que me encaixo? E quem disse que preciso me encaixar?
Rasguei meu rótulo e deixei de ser um produto, passei a ser minha própria fabricação. Colori meus cabelos e liguei a minha velha canção, como naquelas cirandas de quando apenas eu era mais um dentre tantos na rua da minha casa.
Encarrei um corredor da memória todo em branco, com portas marrons e fechadas. Abri todas elas e fiquei sem chão. Por que eu não deveria ser assim? Por que eu deveria ter tanta razão? O que eu fiz comigo mesmo? Por que cheguei nesta situação? Por que deixei de viver por mim mesmo quando cheguei exatamente no meu refrão?
Abri as janelas, e corri para o nada. Colori as minhas dores com cores e mais cores, cheio da plenitude das coisas menos egoístas... As pessoas ao meu lado estavam ruindo, e eu apenas me matando e me destruindo... O que foi que eu fiz comigo? Por que não estava lá quando precisavam? E olhei para aquele animal, que passou a cuspir fogo, e colocar mais pressão sobre as minhas mãos... Minha cabeça rodou, precisava cair para me levantar...
E quando acordei deste sonho todo, me sentindo um decadente patético, vivendo a vida por verdades que nunca me pertenceram, me tornando uma pessoa que nunca fui, me perguntei: “Você é foda, por que fica nisso? Você gosta de esmurrar ponta de faca?” Não, eu não gosto.... Gritei para o espelho que não! Eu tinha razão... Por que não me desapegar do passado?
Então me feri, caí sobre pedras que já atirei sobre os outros. As pedras que ficaram pelo caminho... Cadê todo mundo? Por que estou sozinho? Não adiantava chorar esperando que um rio de lágrimas levasse o meu barco para longe de toda aquela tragédia. Eu era um museu de sentimentos velhos.
O touro da humanidade pisou sobre mim como quem pisa no nada. Eu não era a minha existência. E por dentro tudo se quebrou como se fosse vidro, em pedaços pequenos de alguém que ficou ruído.
- Não é fácil viver! Me tire daqui! – eu gritava. Eu havia aprendido a amar e aquilo me machucava... Era como ter rosas e só ver os espinhos.
Então me perguntou:
- Por que tudo isso agora e não antes?
Pelos chifres. Peguei o touro pelos chifres. Levantei e coloquei o meu melhor sorriso. Passei a amar sem hábitos, de improviso. Brotaram flores, versos, melodias, estrelas no céu. Constelações que antes eram vazias, brotaram em todos os meus refrões. Pelos chifres, eu disse... Pelos chifres.
Meu coração parou de doer quando vi que era um incomodo e não um amor. Sofrer não é amar é submissão. Me encarrei no espelho: “É tão bonita a sua paixão!”. Eu sou um homem e não um museu. Estou no centro do meu universo.

Dia 27 de Julho de 2017, Vicenzo Vitchella.

domingo, 16 de julho de 2017

Precipícios

Depois da superfície tudo é mais limpo, respirável e menos preto e branco. O pôr do sol, o dia que amanhece, as estrelas do céu, as noites em que coloco minha cabeça no travesseiro e durmo, trazendo tudo que é sonho e ilusão.
Alguns torcem a cara, mas em mim nada mudou. Ainda vou rir das mesmas piadas, vou fazer as mesmas perguntas, agradecer pelos mesmos motivos. Em mim tudo está igual, só deixei ficar para baixo o que não me fazia bem.
E falavam: deixa de ser louco! Deixa de se entregar desta forma! Não se exponha, você não precisa! Mas isso não é ser o que eu sou. E sou tão pouco perto da grandeza das coisas. Sou pouco o suficiente para dar grandeza ao que faço, mas tão pequeno naquilo tudo que acredito, ás vezes não visível aos olhos apenas ao coração.
E esse coração? Que me machuque! Por que não me jogar? Por que não sofrer? Por que não permitir que as coisas se vão e que outras cheguem e fiquem? Que outras fiquem e permaneçam onde tantos já plantaram desprezo?
Eu gosto de precipícios. Gosto de términos e inícios. Gosto de pratos limpos, roupa lavada e pormenores esclarecidos. Gosto de dizer tudo que tenho no peito, pode ser o meu defeito, mas quem é que não erra e não tem problemas?
Continuo cantando todos os dias, colocando verdades em poesias, transformando o meu mundo em uma exclusividade rarefeita. Não é uma verdade tão perfeita. Mas é a minha verdade!
O que é dito por outra boca não é problema meu. Tenho que cuidar daquilo que digo com a minha. Por que quando os outros fazem o que faço colocam outro peso, outra cor e criam outra paisagem?
Sempre voltam para quem é cativo, falam sobre os mesmos problemas e colocam pedras sobre os acontecimentos e tudo que foi dito. É mais fácil enterrar e sepultar uma culpa do que fazê-la existir e curá-la, deixando as mágoas irem embora permanecendo o que é bom.
O que ele diz? Sobre o que ele fala?
“Antes não retribuir um amor bandido, do que amar metendo uma bala!”
Acho que é sobre esse tiro que recebi no peito. Não quero ser um homem perfeito. Quero sentimentos e pessoas sóbrias e de atitude. Que olhem para o céu na plenitude de que devem temer o que é Deus e não o homem.
Coloco uma cor, uma música, faço um prato de macarrão, acabo os meus trabalhos. E quando me coloco em oração eu peço que tudo seja menos pesado: que as dores não me deixem ceder, que os amigos não me sejam um fardo, que as coisas ruins não tenham proporção e grandeza, que me seja permito existir da minha forma, acreditar no que quero acreditar...
Eu me jogo neste precipício que é amar. Daqui um tempo não vou mais ser nada, apenas um punhado de matéria para vermes e ratos. Não quero estar certo. Não mais. Só quero ter me permitido sentir tudo o que sinto. Enxergar o que ninguém mais enxerga, porque não consegue parar de olhar para si mesmo.
O que é dito por outra boca não é problema meu! Mas toda verdade precisa ser posta em xeque... No que você acredita?

Dia 17 de Julho de 2017, Vicenzo Vitchella.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Leia Brasileiros!

Título: "O Demônio Familiar"
Autor: "José de Alencar"
Ano: 2004 - Texto Integral
Editora Martin Claret

Confesso que não esperava ler José de Alencar no gênero da dramaturgia, com todo o seu lirismo e engajamento tão expressivo. Com personagens bem delineados, com personalidades dignas de toda a expressão artística de suas obras. "[...] É a tua carta de liberdade, ela será a tua punição de hoje em diante, porque as tuas faltas recairão unicamente sobre ti. [...]", com esta fala de Eduardo (o mais sensato de toda a história, na minha modesta opinião, onde se pudesse atribuir signos diria que é taurino kkk) e com um desfecho magnífico "O Demônio Familiar" acaba sendo uma primorosidade de sua obra (que amo de paixão, por ser o meu primeiro grande amor nacional!) e de toda a literatura brasileira. Para finalizar: leia José de Alencar! "Senhora", "Cinco Minutos", "A Viuvinha", "Diva", e tantos outros... 

"Tem como não amar?
Seria José de Amor?
José de Alencar...
Sua obra é um primor!"
(Poema raquítico mas sincero, deste que escreve)

Mande sugestões de autores e autoras nacionais! 
💯🔰💖💀💋
Poesia? http://vinyandre.blogspot.com.br/

domingo, 9 de julho de 2017

Superfície

Esbravejei: tudo que é muito denso sobe para a superfície? Me calei, resolvi silenciar mas me perguntei: “Vinicius, o que você está fazendo?”.
Todos temos nossos próprios monstros e demônios, nossos carmas pessoais, ou como queira intitular esta droga. E se eu estiver impondo força desnecessária sobre coisas que não fazem mais nenhum sentido? É errado querer plainar sobre o “sobe e desce” do horizonte e ver tudo mais plano e mais longe? Ver um pouco mais concreto e menos ilusório? Abrandar meu coração com outras perspectivas?
Me pergunto se não sou ingênuo a ponto de acreditar que levantar uma bandeira branca de silêncio ameniza algum fato. Não posso sorrir, não posso ser aquilo tudo que tenho dentro do meu peito. Me vejo preso dentro de um mundo que eu mesmo construí. Um lugar que ás vezes é tão pesado e nunca chega até a superfície. E pode ser que seja coisa de matéria, densidade, de sentimentos que não fluem, de palavras mal colocadas, de dor que nem mais se sente, de culpa e receio, do medo que extrapola a boa educação.
Estou trazendo para a superfície todo o homem que montei nestes meses. Estou trazendo e dando vida, colorindo o pouco que posso. Talvez precise de um branco de silêncio e sumiço e não de todas as cores do mundo.
Não me permito amar um centímetro a menos, não permito que as coisas me destruam aos poucos, porque eu já me destruí tantas vezes, já me fiz em tantos pedaços, já quis tantas coisas ruins e sempre acabava sendo exatamente a mesma coisa. Não importava se os personagens da história tivessem sido substituídos... Mas eu gritei! Eu gritei porque eu não queria ser apenas mais matéria, não queria mais ser apenas o homem dos cabelos ressecados, o homem que não pode cruzar a fronteira e subir como um pássaro no céu, desvendar novos horizontes dentro de outros olhos e seres humanos.
E acreditei, coloquei força nas palavras que diziam: tudo que for escuro, tudo que for falso, tudo que for raso, chegará a superfície ou morrerá sem ar sobre todas as águas dos oceanos mentais. Sim. Eu posso fechar os meus olhos e dormir sem culpas.
Não quero falar, ver e ouvir, quero a superfície. Quero aquilo que é respirável. Não vou meter os meus pés pelas mãos, quero coisas mais grandiosas do que amores não resolvidos, ilusões e coisas desnecessárias. Esses são os meus hábitos, mesmo que contrários.
E se puder fazer uma poesia por dia eu faço. Se puder cantar todos os dias eu canto. Se puder falar o que tenho dentro da minha cabeça, pipocada de estrelas e buracos negros, eu falo, eu falo em um tom mais alto, mais claro e mais vibrante.
Porque machuca estar submerso. Não foi para isso que esculpi um homem capaz de sorrir de dores, colocando vida em um pedaço de pedra fria. E me pergunto: “Where do you think you're goin'?”. Eu não sei, mas me deixe ir, me deixa ser a ida e a chegada. Eu já tive tanta volta e despedida. Já morri tantas vezes junto com o sol virando a noite. Meus olhos verdes já cansaram das tonalidades da escuridão. Quero ser mais perceptivo.
Superfície. Trazendo a tona o homem que moldei. Não andar pelo mesmo caminho, não errar nos mesmos erros, não criticar a mesma mania de falta de perspectiva. Superfície. Cansei da chuva e do céu carregado. E pelo silêncio e do silêncio, uma bandeira branca e sem cor, sem gênero, sem obrigação.
Esbravejei: tudo que é menos denso sobe. Me calei e acabei explodindo cores para todos os lados, encerrando o espetáculo do meu papel de trouxa. Que sobreviva na superfície apenas o que é verdadeiro e a minha fome do mundo. Nem mesmo Deus afunda o Titanic?

Dia 09 de Julho de 2017, Vicenzo Vitchella.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Okay. Okay!

Nada de tão extraordinário aconteceu. Apenas acordei e coloquei uma cor de roupa, fui fazer limpeza nos dentes, voltei lavar roupa, escrever alguma coisa, terminar os meus contos. Apenas passei ouvindo a música nova da Kesha tarde a fora e entendendo o que estava me acontecendo. Fui caminhar, dei duas voltas no lago, voltei para casa bem mais aliviado... E agora estou me perguntando o que escrever, sem ser rimado?
Estou arrumando o que estava errado. Estou cozinhando para mim com mais frequência. Me expondo com mais facilidade. Andando por aí sem rumo, rindo de minhas próprias tropeçadas e cambalhotas. Não sou o único homem que ouve “Vogue” da Madonna jantando as 23:00 em ponto, ou sou?
Ontem, nem percebi que fiquei um dia inteiro sobre o computador, montando um conto sobre um personagem tão cheio de problemas. O mundo pesou e se não fossem as duas horas de caminhada teria sucumbido as onze horas perdido dentro de uma história de quatro páginas e meia.
E finalmente eis que surgiu o empoderado sem poder. Depois de pronto pensei: não sou eu? Dentro de uma analogia é daqui do peito que tiro toda a história! Então foi assim. E acho que hoje não vai ser muito diferente.
Vou poupar minhas palavras hoje, pois elas não me pertencem. Só para a minha cabeça criar três livros juntos, tão diferentes, mas significativamente idênticos! Pregam a existência sobre aspectos diferenciados... Por enquanto é isso... Fico aqui criando e tentando existir por alguns minutos sobre a luz e a superfície.
E foi tão bom dizer para o jovem garoto de olhos claros que o amava! Tirou um peso das minhas costas. Acordei depois de um sábado de madrugada tenebroso, onde misturei vinho com vodca e acabei enlouquecendo, e disse:
- Acabei criando um clima ruim ontem e não era de minha intenção... É feio amar? não. Feio foi o que fiz ontem, queria querer menos e ter mais para falar, a culpa é toda minha quando decidi amar...
Idiotice a minha vocês não acham? Ele não sabia do que se tratava, ou pelo menos não estava entendendo nada. Ainda mais depois do que ocorreu. O que ocorreu? É desnecessário, perguntem para ele. 
Eu amo minhas impulsividades, ser esta explosão de quer mais eu lhe dou, não tenho nada para esconder:
- Foi muito bom para mim ter te amado por tanto tempo, escrevi um livro especial e senti uma coisa que muitos nunca irão nem saber o que é... Mas depois daquele episódio no carro, posso hoje dizer que todo aquele amor virou ao menos para mim sentimentos bons, coloridos e maravilhosos... Não tem mistério algum nisso! Você quando quer emana uma aura muito bonita, vibrante e para mim é um ser humano incrível... Não espero nada recíproco, use essas palavras como quiser, você foi uma linda idealização de amor, amigo... Nunca deixe morrer isso em você... Beijos amigo... De onde veio este texto tem um livro repleto deles... Não me entenda errado... Só precisava dividir isso com você.
- E por que nunca me disse?- ele perguntou.
- Se tenho um defeito muito grande é me jogar espontaneamente em tudo de cabeça, você não foi uma exceção, sabia que não faria seu tipo, não sou seu tipo e acabei materializando você e o que sentia em um belo livro de poesia. Só esperava que assim como no dia em que acordei e decidi jogar a razão no lixo e viver aquilo que o meu coração mandava, eu pudesse acordar e sair... Demorou alguns meses... Tive medo como covarde que sou de estragar uma coisa significativa para mim... Chorei muito por você, amei muito você e só espero que todo o esforço que você faz para conseguir as coisas que tanto quer sejam retribuídos pelo universo. A vida tem disso, cada um com seu carma, o meu sempre vai ser este, amar intensamente, ser o estranho dos cabelos desajeitados, que não se encaixa em nada. Minhas últimas atitudes não vão mais acontecer, não sou aquilo tudo, sou apenas mais um homem que ama, e é tão bom amar... Se amo eu amo, se sou eu sou, se gosto gosto. Eu só quero ter o direito de viver a minha verdade nem que para isso eu pague um preço muito caro... Desculpa dizer isso agora.
- Tudo bem. Agora algumas coisas fazem mais sentido. Desculpa.
Nota mental que não foi dita: (Desculpar-se do quê? De ser um garoto tão maravilhoso?)
- Eu que peço desculpa... Não por ter amado, isso não se escolhe... Mas por agir feito um louco nos últimos tempos para cá.                       
- Tudo bem sério.
E com isso fechei um ano lhe amando. Me colorindo com as cores mais bonitas que eu pude criar. Com as rimas mais doces para um alguém estupidamente azedo que não se encaixa em nada. Queria dizer que tudo que mandei naquele domingo foi porque acordei cedo e voltei a dormir e sonhar com você me beijando. E agora fico assim, desprevenido, tendo que agir como se nada tivesse acontecido. Hoje conclui que levanto minha bandeira branca, não vou deixar uma coisa que foi bonita virar no mesmo sentimento que tive com outras pessoas. Da minha parte tudo está morto... É tanta coisa melhor para se sentir não é não? Chega disso, vou me colorir um pouco mais e deixar que as coisas se resolvam com a calmaria dos dias.
Você vai ser guardado dentro da minha vida e memória. Para nada de extraordinário, estes dias até se parecem com um conto. Beijarei seus lábios na lembrança que eu criei de um sonho para toda eternidade. Um dia fará sentido. Eu só quero existir sem tanto barulho. A amizade continua, Okay?

Dia 06 de Julho de 2017, Vicenzo Vitchella.