Nada de tão
extraordinário aconteceu. Apenas acordei e coloquei uma cor de roupa, fui fazer
limpeza nos dentes, voltei lavar roupa, escrever alguma coisa, terminar os meus
contos. Apenas passei ouvindo a música nova da Kesha tarde a fora e entendendo
o que estava me acontecendo. Fui caminhar, dei duas voltas no lago, voltei para
casa bem mais aliviado... E agora estou me perguntando o que escrever, sem ser
rimado?
Estou arrumando
o que estava errado. Estou cozinhando para mim com mais frequência. Me expondo
com mais facilidade. Andando por aí sem rumo, rindo de minhas próprias
tropeçadas e cambalhotas. Não sou o único homem que ouve “Vogue” da Madonna
jantando as 23:00 em ponto, ou sou?
Ontem, nem
percebi que fiquei um dia inteiro sobre o computador, montando um conto sobre
um personagem tão cheio de problemas. O mundo pesou e se não fossem as duas
horas de caminhada teria sucumbido as onze horas perdido dentro de uma história
de quatro páginas e meia.
E finalmente
eis que surgiu o empoderado sem poder. Depois de pronto pensei: não sou eu? Dentro
de uma analogia é daqui do peito que tiro toda a história! Então foi assim. E acho
que hoje não vai ser muito diferente.
Vou poupar
minhas palavras hoje, pois elas não me pertencem. Só para a minha cabeça criar
três livros juntos, tão diferentes, mas significativamente idênticos! Pregam a
existência sobre aspectos diferenciados... Por enquanto é isso... Fico aqui
criando e tentando existir por alguns minutos sobre a luz e a superfície.
E foi tão
bom dizer para o jovem garoto de olhos claros que o amava! Tirou um peso das
minhas costas. Acordei depois de um sábado de madrugada tenebroso, onde
misturei vinho com vodca e acabei enlouquecendo, e disse:
- Acabei
criando um clima ruim ontem e não era de minha intenção... É feio amar? não.
Feio foi o que fiz ontem, queria querer menos e ter mais para falar, a culpa é
toda minha quando decidi amar...
Idiotice a
minha vocês não acham? Ele não sabia do que se tratava, ou pelo menos não
estava entendendo nada. Ainda mais depois do que ocorreu. O que ocorreu? É
desnecessário, perguntem para ele.
Eu amo minhas impulsividades, ser esta explosão de quer mais eu
lhe dou, não tenho nada para esconder:
- Foi
muito bom para mim ter te amado por tanto tempo, escrevi um livro especial e
senti uma coisa que muitos nunca irão nem saber o que é... Mas depois daquele
episódio no carro, posso hoje dizer que todo aquele amor virou ao menos para
mim sentimentos bons, coloridos e maravilhosos... Não tem mistério algum nisso!
Você quando quer emana uma aura muito bonita, vibrante e para mim é um ser
humano incrível... Não espero nada recíproco, use essas palavras como quiser, você
foi uma linda idealização de amor, amigo... Nunca deixe morrer isso em você...
Beijos amigo... De onde veio este texto tem um livro repleto deles... Não me
entenda errado... Só precisava dividir isso com você.
- E por que
nunca me disse?- ele perguntou.
- Se tenho
um defeito muito grande é me jogar espontaneamente em tudo de cabeça, você não
foi uma exceção, sabia que não faria seu tipo, não sou seu tipo e acabei
materializando você e o que sentia em um belo livro de poesia. Só esperava que
assim como no dia em que acordei e decidi jogar a razão no lixo e viver aquilo
que o meu coração mandava, eu pudesse acordar e sair... Demorou alguns meses...
Tive medo como covarde que sou de estragar uma coisa significativa para mim...
Chorei muito por você, amei muito você e só espero que todo o esforço que você
faz para conseguir as coisas que tanto quer sejam retribuídos pelo universo. A
vida tem disso, cada um com seu carma, o meu sempre vai ser este, amar
intensamente, ser o estranho dos cabelos desajeitados, que não se encaixa em nada.
Minhas últimas atitudes não vão mais acontecer, não sou aquilo tudo, sou apenas
mais um homem que ama, e é tão bom amar... Se amo eu amo, se sou eu sou, se
gosto gosto. Eu só quero ter o direito de viver a minha verdade nem que para
isso eu pague um preço muito caro... Desculpa dizer isso agora.
- Tudo
bem. Agora algumas coisas fazem mais sentido. Desculpa.
Nota mental
que não foi dita: (Desculpar-se do quê? De ser um garoto tão maravilhoso?)
- Eu que
peço desculpa... Não por ter amado, isso não se escolhe... Mas por agir feito
um louco nos últimos tempos para cá.
- Tudo bem
sério.
E com isso
fechei um ano lhe amando. Me colorindo com as cores mais bonitas que eu pude
criar. Com as rimas mais doces para um alguém estupidamente azedo que não se
encaixa em nada. Queria dizer que tudo que mandei naquele domingo foi porque
acordei cedo e voltei a dormir e sonhar com você me beijando. E agora fico
assim, desprevenido, tendo que agir como se nada tivesse acontecido. Hoje conclui
que levanto minha bandeira branca, não vou deixar uma coisa que foi bonita
virar no mesmo sentimento que tive com outras pessoas. Da minha parte tudo está
morto... É tanta coisa melhor para se sentir não é não? Chega disso, vou me
colorir um pouco mais e deixar que as coisas se resolvam com a calmaria dos
dias.
Você vai ser
guardado dentro da minha vida e memória. Para nada de extraordinário, estes
dias até se parecem com um conto. Beijarei seus lábios na lembrança que eu
criei de um sonho para toda eternidade. Um dia fará sentido. Eu só quero existir
sem tanto barulho. A amizade continua, Okay?
Dia 06 de Julho de 2017,
Vicenzo Vitchella.
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