terça-feira, 29 de agosto de 2017

Look What You Made Me Do

Look What You Made Me Do. Look What You Made Me Do. Look What You Made Me Do. Olhe o que você me fez fazer!
Ata. Não foi você e nem a minha lista do Spotify. Nem a minha insônia que dura alguns dias. Nem tudo que resolvi deixar vir a superfície no último fim de semana. Look What You Made Me Do? No, no, no…
Quando sentei na cadeira do meu quarto após dormir uma hora e ter enchido a minha cara de sexta para sábado, fiz isso por mim e não por você. E quando passei o resto do dia sem dormir organizando um livro com minhas ideias e concebendo a arte da capa, foi também por mim não por você.
Não nego que estava com ódio, tentando saborear uma porção de amor próprio... Mas juntei tudo que sentia, colori minha dor, e olhe o que eu acabei fazendo, com essa maldita música no Repeat!
Me chame de louco, obcecado, mas não silencie aquilo tudo que tenho em mim. Aquela coisa toda que não faz sentido. Mal você sabe que matei o Homem Amor mês passado, que parei de escrever poesia porque estou estressado, porque as coisas daqui de dentro não me fazem nenhum um pouco bem!
E não posso lhe contar sobre o fato do novo livro derivar de um sentimento já sentido e já publicado. Não vou abrir as mesmas frases e terminar com uma tentativa de suicídio frustrada! Sim, sinto tudo na pele de uma forma violenta e fria, como uma resseca do mar ou um vulcão em erupção... Expludo para todos os lados, levo tudo e arrasto do fundo as minhas piores memórias.
Silenciado. Me silenciarei por todos os lados, como um escudo de proteção contra o que é a realidade. Preciso me preencher das coisas não visíveis, para depois trazer novos sorrisos e cores, talvez um preto e branco, talvez um olho Illuminati no meio da testa, uma cartilha de como não amar alguém que não presta, como aprender que minha imagem é menos simbólica do que aquilo que tenho no peito, tentar parar de agradar os outros por um momento e me dar um pouco mais de cuidados.
Olhe o que você me fez fazer, não! Olhe o que eu fiz comigo! A única pessoa capaz de me boicotar e me destruir sou eu! Ninguém tem poder sobre a minha vida!
Se a mulher da biblioteca soubesse de tudo isso ela não diria:
- Você não me parece um louco, parece alguém que faz meditação e é todo centrado e calmo!
Hoje eu durmo! Nem que seja com uma boa dose de Valeriana...
“Look What You Made Me Do” uma ova! Eu fiz por mim essa droga!

Livro “Amor Amado, Estou Me Amando” disponível no Clube de Autores! S2



“Vai para a merda! Me passa um pedaço da torta de amor próprio e me deixa chorar no meu quarto.”

E sobre a Rosa do peito? Foi "A Última Rosa do Inverno", que descanse em paz.

Dia 29 de Agosto de 2017, Vicenzo Vitchella.

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