Quem é
você? Veio de que planeta?
Pronto. Acordei.
Abri meus olhos e me deparei com a brevidade das coisas. Uma hora você é o
filho, depois passa a ser o pai, com os anos o avô... Com o tempo uma lembrança.
E acaba sendo a ideia daquilo que sempre quis ser e não conseguiu, das coisas
que queria fazer mas nunca tentou, dos punhados de palavras e sentimentos que
guardou na memória.
E o tempo.
O que é o tempo?
E a vida? Não
é tão breve?
Queria guardar
tantas pessoas em sorrisos!
Pronto. Acordei.
Abri meus olhos e me deparei com um homem mais velho. O filho do Ari, o irmão
da Vandressa, o tio da Maria, o arquiteto especialista, o futuro alguma coisa
qualquer... Não é tão breve?
Quem sou
eu? Vim de que planeta?
Me escondi
dentro de tantas linhas mortas, rimas pobres. Cruzei tantos oceanos de
incertezas. Fingi tantos sorrisos solitários. Amei quilômetros em linha reta,
só de ida. E o que eu fiz com a minha vida? Talvez não sejam as estrelas da
noite que me façam parar para pensar, mas os planetas e os satélites, essa
coisa toda que eu coloco com tantos "emojis" e tanta cor que causa nojo.
Não é tão
breve?
Apontando meu
telescópio para os planetas e os satélites, cansei de tantas constelações. Achando
a vida que existe aqui dentro do peito. Não sou nada por um momento, mas o
tempo já me fez ser tanta coisa!
Um dia a menos de vida não! Um dia a mais para fazer o que é verdadeiro. O universo não possui um punhado de verdades universais? Não quero ser o homem de cabelo vermelho, quero ser o homem dos espaços siderais! Amar mais...
Afinal, vim de que planeta?
Um dia a menos de vida não! Um dia a mais para fazer o que é verdadeiro. O universo não possui um punhado de verdades universais? Não quero ser o homem de cabelo vermelho, quero ser o homem dos espaços siderais! Amar mais...
Afinal, vim de que planeta?
Dia 30 de Julho de 2017,
Vicenzo Vitchella.
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